Já foram divulgados casos de lesões na pele, problemas respiratórios, nos olhos e reações alérgicas”, afirma o dr. Nelson Bruni, médico e professor da Universidade Santo Amaro (Unisa). “Embora a ozonioterapia seja estudada há muito tempo, ainda carece de evidências científicas robustas para a sua utilização. leia mais técnica já foi regulamentada em diversos países, porém não deve substituir uma terapia convencional ou orientações médicas”, opina o dr. Raoni Imada Tibiriça, médico intensivista da Beneficência Portuguesa (BP). O ozônio também é utilizado na estética, já que possui grande aplicabilidade e bons resultados.
- De maneira geral, as doses que são utilizadas para tratamento e prevenção são consideradas seguras.
- Na área estética, a ozonioterapia pode ser aplicada para tratar questões como gordura localizada, olheiras, queloides e microvarizes, promovendo melhorias na aparência e autoestima do paciente.
- Ele é um gás composto por 3 moléculas de oxigênio, e nesse contexto, age limitando a passagem dos raios ultravioletas.
- A manipulação deve ser feita por meio de um gerador que possua certificação de uso.
- “O ozônio possui propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e para modulação do estresse oxidativo.
- Além disso, o ozônio é um gás altamente instável e nocivo se inalado, necessitando ser gerado de forma precisa com equipamentos específicos, no local do uso.
Ozonioterapia: como funciona – e quais são os seus riscos
No entanto, nem autismo é causado ou agravado por toxinas, nem ozonioterapia pode ser propagandeada para “desintoxicar” autistas e curar o que não é doença, é condição. Em busca realizada no portal no dia 9 de agosto de 2023, inserindo esses filtros, ficam apenas 268 estudos. Muitos deles são realizados em animais, revisões narrativas e estudos pré-clínicos, nenhum dos quais podem ser considerados evidências científicas. Com isso, ele trabalha de diversas formas no corpo humano, tanto no ambiente físico e, até mesmo, na prática emocional, na medicina chinesa”, acrescenta o acupunturista e homeopata Rogger Florencio. Vale destacar que nem todos esses usos estão liberados no Brasil, apesar da terapia com ozônio já ser usada para esses fins em diversos outros países. Ela é útil em situações em que organismo reage à alterações no equilíbrio oxidativo. O ozônio atua como um forte oxidante, provocando diversas reações bioquímicas no organismo.
Quais são os riscos da ozonioterapia?
No entanto, os estudos realizados contaram com poucos participantes e não foi possível comprovar se a terapia com ozônio contribuiu de alguma forma com a melhora do quadro dessas pessoas. Além disso, a inalação (ou aplicação por via respiratória) do gás ozônio pode causar morte, dependendo da concentração usada. A técnica evoluiu bastante e a forma que é utilizada hoje teve início em meados da década de 1940. Também é possível que essa aplicação aconteça por via intramuscular, ou seja, com uma injeção no músculo, ou intra articular, dentro da articulação. Ou seja, cada situação e cada necessidade irá requerer uma avaliação profissional que irá determinar o tratamento, e forma de aplicação.
- Além disso, a ozonioterapia não é recomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como forma de tratamento, sendo ainda considerado um procedimento experimental.
- Há algum tempo, no Brasil, esse recurso é utilizado na área odontológica, como no tratamento de cáries e em cirurgias.
- A ozonioterapia não deve ser feita em crianças, mulheres grávidas ou em amamentação, em pessoas com infarto agudo do miocárdio, hipertireoidismo não controlado, intoxicação alcoólica ou problemas sanguíneos, especialmente trombocitopenia.
- Além disso, busque pela legislação em vigor e leve em conta as informações que constam nela e nos órgãos governamentais.
- Não é apenas a Anvisa que aponta os possíveis riscos e prejuízos à saúde humana da terapia com ozônio.
- Essa terapia pode ser aplicada de diferentes formas, como a intravenosa, a tópica ou até mesmo a inalação.
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A ozonioterapia consiste na aplicação do chamado “ozônio medicinal” — uma mistura de ozônio e oxigênio puro — na pele ou no sangue do paciente. O tratamento supostamente seria capaz de melhorar a oxigenação dos tecidos e fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo. Para o especialista, quando não se sabe a eficácia de um tratamento, o que sobra são os efeitos colaterais. “É importante desconfiar quando as pessoas afirmam que a terapia com ozônio é eficaz para todas as condições de saúde e com baixo teor de efeitos colaterais.
Tratamento Complementar do Câncer
Entretanto, a concentração de ozônio utilizada na ozonioterapia é muito menor do que aquela para fins industriais, variando de acordo com o tratamento recomendado ao paciente. No entanto, a ozonioterapia ainda tem sido estudada e, atualmente, não é aprovada pela ANVISA com estas indicações, por não existirem evidências científicas que comprovem os seus benefícios nestas situações. O ozônio pode ser indicado em procedimentos estéticos para auxiliar na limpeza e assepsia da pele devido à sua ação antimicrobiana. Além disso, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) se posicionou contra o uso de ozonioterapia como terapia complementar ao tratamento de artrite reumatoide por falta de evidência científica que comprove sua segurança e eficácia a longo prazo. Apesar da defesa da especialista e de haver regulamentação por diversos conselhos, a medicina continua como principal área da saúde a não reconhecer a técnica. Essa síndrome consiste na deficiência da enzima G6PD (Glicose-6-Fosfato Desidrogenase), que protege as hemácias, que são as células sanguíneas que transportam oxigênio. Neste artigo, você irá entender mais sobre que é essa terapia, quem pode usá-lá, como é o tratamento e quais são os riscos. A íngua na axila pode surgir devido a inflamações ou infecções na região, como a foliculite, furunculo ou linfadenite, mas também pode surgir devido a doenças autoimunes, reações à vacinas ou câncer, causando dor ou desconforto, vermelhidão na região ou febre. Beber água da torneira não filtrada ou de fontes não controladas é um grande risco para a saúde, pois pode causar doenças, como cólera, leptospirose e giardíase, por exemplo. Infecção urinária, meningite, salmonelose e leptospirose são algumas das principais doenças causadas por bactérias. Além disso, quando a ozonioterapia é aplicada na forma de gás, a sua inalação pode causar irritação nos pulmões, edema pulmonar, problemas nos olhos, coração e cérebro. A ozonioterapia apresenta possíveis benefícios no tratamento de asma, bronquite, DPOC, esclerose múltipla, HIV, câncer, hérnia de disco, distúrbio da articulação temporomandibular e complicações da diabetes, por exemplo. A seguir, veja mais detalhes sobre a ozonioterapia, riscos e quais são indicações de uso regulamentadas no Brasil. O serviço deve contar com um profissional habilitado pela SoBEnFeE (Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética) oferecendo segurança e qualidade nas condutas, além de um amplo conhecimento técnico das diversas opções terapêuticas para cicatrização. Além de aumentar a formação de vasos sanguíneos, o que modula a resposta inflamatória e imunológica e também estimula a formação de matriz extracelular. Por exemplo, ele ativa a ação do sistema imunológico, e pode gerar um aumento na produção de energia e no envio de oxigênio para as células. A recomendação das agências de saúde é basear decisões médicas em abordagens que tenham demonstrado eficácia comprovada por meio de investigações rigorosas e validações clínicas substanciais. Segundo a nova legislação, para administrar o tratamento basta que o profissional tenha ensino superior e esteja inscrito em seu respectivo conselho de fiscalização. A aplicação da terapia deverá ser ministrada por meio de equipamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Tua Saúde é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar. As informações publicadas não devem ser utilizadas como substituto ao diagnóstico ou tratamento especializado, e não dispensam a consulta com um médico. Não é de hoje que a Associação Americana de Câncer se manifesta contrária a agentes hiperoxigenantes como o ozônio. “Trata-se de procedimento ainda em caráter experimental, cuja aplicação clínica não está liberada, devendo ocorrer apenas no ambiente de estudos científicos, conforme critérios definidos pelo Sistema CEP/CONEP”, disse a entidade. Diante das críticas, ela ainda afirma que “o que difere medicamento de veneno é a dose”. “Há casos de pacientes que tiveram problemas renais graves porque tomaram paracetamol demais. Para a ozonioterapia é preciso, como em outras terapias, buscar profissionais habilitados para sua aplicação com segurança”, completa Wanessa. Desde 2018, o Ministério da Saúde classifica a ozonioterapia como uma Prática Integrativa e Complementar (PIC), disponível no SUS.